Fonte: CNM
O mercado de trabalho do agronegócio brasileiro em novembro de 2023 encerrou com a criação de 191.348 empregos e 218.652 desligamentos, o que totaliza um saldo negativo de 27.304 postos de trabalho, de acordo com o Informativo Emprego no Campo, levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Dos 4.666 Entes locais com movimentação no mercado de trabalho do agro, 2.352 apresentaram redução e 1.997 tiveram expansão.
Tradicionalmente, os últimos dois meses do ano são marcados pela redução dos empregos devido ao aumento de desligamentos nas principais culturas do país. Neste ano, o agro gerou 225,2 mil empregos, correspondente a 12% das vagas totais geradas no país. Até novembro de 2022, esse percentual era de 10%. As cidades com as maiores expansões mensais foram Pelotas (RS) (+822) e Ituporanga (SC) (+793). Avaliando o ano de 2023, São Paulo (SP) (+3.349) e Lençóis Paulista (SP) (+2.680) foram as principais geradoras.
Segundo o levantamento, a redução em novembro está relacionada com os desligamentos na cadeia da cana-de-açúcar e álcool (-12,5 mil) e do couro (-4 mil). Evitaram um resultado ainda mais negativo as atividades de frigorífico (+2,1 mil) e o comércio atacadista diverso (+1,9 mil). Somente a agropecuária foi responsável pela perda de 14 mil vagas, seguida pela agroindústria (-8,2 mil).
Os Municípios de pequeno porte foram responsáveis por 67% do saldo negativo (-18,3 mil vagas), enquanto as grandes cidades, que geram mais emprego no comércio, apresentaram resultados neutros. A região Sul foi a única a apresentar crescimento de empregos no mês (+3,5 mil), puxada pela produção de maçã e conservas de frutas. As demais regiões do país sofreram com o encolhimento da cadeia da cana-de-açúcar e álcool, do couro, da soja e de madeira.
O Informativo Emprego no Campo da CNM tem o objetivo de orientar o gestor local. Confira aqui o levantamento completo.